Capoeira
Angola refere-se a toda a capoeira que mantém as tradições da época anterior à
da criação do estilo Regional. Em outras palavras é a capoeira mais tradicional.
Existindo em diversas áreas do país desde tempos mais remotos, notadamente no Rio
de Janeiro, em Salvador e em Recife, é impossível precisar onde e quando a capoeira
Angola começou a tomar sua forma atual.
O nome
"Angola" já começa a aparecer com os negros que vinham para o Brasil
oriundos da África, embarcados no Porto de Luanda que, independente de sua origem, eram designados
na chegada ao Brasil de negros de Angola. Em alguns locais a população
se referia ao jogo de capoeira como brincar de Angola e, de
acordo com Mestre Noronha, o Centro de Capoeira Angola Conceição
da Praia, criado pela nata da capoeiragem baiana, já utilizava ilegalmente
o nome capoeira Angola no início da década de 1920. [17]
O nome Angola
foi finalmente imortalizado por Mestre Pastinha, ao inaugurar em 23 de fevereiro de 1941 o Centro Esportivo de capoeira Angola
(CECA). Pastinha foi conhecido como grande defensor da capoeira
tradicional, prestigiadíssimo por capoeiristas de renome como Mestre
João Grande e Mestre Moraes. Com o tempo, diversos outros
grupos de capoeira tradicional passaram a adotar o nome Angola
para seus estilos.
A Angola
é o estilo mais próximo de como os escravos lutavam ou jogavam a capoeira.
Caracterizada por ser estratégica, com movimentos furtivos executados perto do
solo ou em pé dependendo da situação a enfrentar, ela enfatiza as tradições da
malícia, da malandragem e da imprevisibilidade da capoeira original.
Alguns angoleiros afirmam que seu domínio é muito complicado, envolvendo
não só a parte mecânica do jogo mas também características como sutileza, o
subterfúgio, a dissimulação, a teatralização, a mandinga ou mesmo a brincadeira
para superar o oponente.
A bateria
típica em uma roda de capoeira Angola é composta por três berimbaus, dois pandeiros, um atabaque, um agogô e um ganzuá.
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